terça-feira, 27 de outubro de 2009

LANÇAMENTO DO PONTO DE CULTURA

O MARACATU ALMIRANTE DO FORTE, UM DOS MAIS ANTIGOS MARACATUS DE BAQUE VIRADO DE RECIFE, TEM O PRAZER DE CONVIDAR A TODOS DA COMUNIDADE, PARA O LANÇAMENTO DO SEU PONTO DE CULTURA – ALMIRANTE DO FORTE.

NO PONTO DE CULTURA SERÃO DESENVOLVIDAS AS OFICINAS CULTURAIS.

- PERCUSSÃO - PRÁTICA

- CONFECÇÃO DE INSTRUMENTOS

- CONFECÇÃO DE INDUMENTÁRIAS

- DANÇA

- AUDIOVISUAL

- INFORMÁTICA

O LANÇAMENTO DO PONTO DE CULTURA SERÁ NO DIA 27 DE OUTUBRO ÀS 17 HORAS NA ESTRADA VELHA DO BONGI, NUMERO 1319 – NO BAIRRO DO BONGI. , ONDE TEREMOS VÁRIAS ATRAÇOES CULTURAIS.

O PONTO DE CULTURA ALMIRANTE DO CULTURA TEM APOIO DO MINISTERIO DA CULTURA - GOVERNO FEDERAL E DO GOVERNO ESTADUAL - FUNDARPE.

CONTAMOS COM SUA PRESSENÇA.

domingo, 6 de setembro de 2009

Almirante do Forte - Agenda Setembro 2009

Nesse dia 7 de setembro, o Maracatu Almirantedo Forte, completará 79 anos de existencia, e fará uma festa com sua comunidade.
Participe:
Estrada do Bongi, 1319 – Bongi – Recife – Pernambuco
CEP – 50830-260
FONE – (81) 3229.7932

No dia 11 de setembro, o Almirante estará presente como convidado, no aniversário do Maracatu Piaba de Ouro(Baque solto), de Olinda , criado pelo Mestre Salustiano e presidido atualmente pelo filho promogênito Manoelzinho Salustiano, a festa será no Espaço Lumiara Zumbii na Cidade Tabajará -Olinda - PE, iniciando apartir das 19 horas.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

AGENDA CARNAVAL 2009


Imagem Aqui

20/02/09 (sexta)
Participa da abertura Oficial do Carnaval do Recife
Encontro de batuqueiros com Naná Vasconcelos
Marco Zero – Recife – Pe

Hora – 18 hs

21/02/09 (sábado)
Carnaval do Governo do Estado
Desfile na cidade de Paudalho-Pe
Hora – 18 hs

22/02/09 (Domingo)
Desfile Oficial do Carnaval de Recife
Av. do Forte
Hora – 18 hs

23/02/09 (Segunda)
Apresentação para Rede Globo
Rua do Bom Jesus
Hora – 13 hs

23/02/09 (Segunda)
Noite dos Tambores Silenciosos
Pátio do terço – Recife – Pe
Hora – 20 hs

24/02/09 (Terça)
Programação da Carnaval de Recife
Pólo jardim São Paulo
Hora – 18 hs


Imagem Aqui

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Sinhá Nana - 102 anos - a mais velha Dama do Paço dos maracatus-nação, em Pernambuco

Há uns 50 ou 60 anos atrás (1940/50), morava com o "clã dos Melo", em casa de meus avós, uma cafuza, de nome Ana Carmelita. Eram amigos de infância, desde os albores do século XX, meus avós, filhos de escravos-libertos, nascidos por volta de 1895, e Ana, nascida por volta de 1906. Naquela época eram comuns os agregados em casa de família. Lavavam, passavam, cozinhavam. Era essa a função da Ana Carmelita na nossa família. Não era empregada, já disse, mas agregada.
Desse modo, viu nascerem filhos e netos dos meus avós, eu aí incluído. O que lembro, lá da primeira infância, é que quando chegava fevereiro, a negra Carmela, ou Tia Nana, como os pequenos a chamavam, sumia de casa. Eu ouvia os adultos dizendo que ela dançava em um maracatu. E nesse mês "endoidava" para fazer a fantasia, umas saias rodadas, cheias de armações.
Bem, passou-se o tempo. A Sinhá Nana foi morar com o filho e a nora. Sumiu do mapa. Perdemos ela de vistas. Meus avós faleceram. A vida seguiu.
Dia desses, agora em 2008, ouvindo um programa de rádio, chamado Maracatus, Batuques e Folia, eis que o Mestre, entre uma loa e outra, manda um abraço para Ana Carmelita, a mais velha dama de frente de Maracatu Nação da cidade do Recife. Dei um pulo do sofá. Era ela. Era a minha Tia Nana. E ele disse o endereço dela no ar: Estrada do Bongi.
O Bongi é um bairro quase central do Recife, que eu conheço bem porque fica nas imediações do meu trabalho. Fim de semana, saí à procura da velha Carmelita. Devia ser fácil. Acharia logo a sede do famoso Almirante do Forte. Lá saberiam me dizer onde achar Tia Nana. E, pra minha surpresa e sorte, nem precisei andar muito. Ela estava ali mesmo. Abandonada pelos filhos, a velhinha fora acolhida pelos donos do Almirante. Está morando dentro da sede do maracatu.
Dias depois levei minhas tias, meus pais, toda a família pra rever a velha amiga de infância. Foi lindo ver aquele grupo de meninas, todas na faixa dos 90 anos, rindo e se abraçando. Achamos a nossa ovelhinha perdida.
O Mestre Teté, filho do fundador do Almirante, então me contou da situação de penúria por que passava a agremiação e me pediu ajuda para fazer um projeto para que o Almirante passasse a fazer parte dos Pontos de Cultura, ligados ao MinC (Governo Federal) e à Fundarpe (Governo de Pernambuco).
Nunca havia feito nada parecido, mas, para ajudar a quem, tão generosamente, acolheu minha velhinha, topei. Fizemos, com a ajuda de outros amigos, um projeto despretensioso. Achávamos que os jurados nem iriam ler aquilo. Seja lá o que Deus quiser! disse-me o Mestre Teté.
Entrei como voluntário na Coordenação Técnica e dei meu email, como contato. Um belo dia, chega a boa notícia. O projeto fora aprovado!!!
Agora o Maracatu vai reformar a séde, criar cursos de dança, percussão, informática, vídeo e confecção das próprias indumentárias. Felicidade geral, para uma comunidade humilde, mas determinada e cheia de sonhos.
Viva Sinhá Nana, 102 aninhos, que, mesmo sem sair às ruas (a idade não mais permite), continua a dançar com a boneca de cêra!!!

Viva o Maracatu Nação Almirante do Forte!!!
Viva o mais novo Ponto de Cultura do Recife.

Breve na TV Brasil, mostraremos nossa força.
Nos aguardem na telinha.

Eurico
12/01/09

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Notas:
1 - É importante dizer que a Dama do Paço dessa imagem não é a Sinhá Nana. Esse clique é do fotógrafo Roberto Albuquerque, apenas para ilustrar a postagem.

2 - Texto no Sítio d’Olinda publicado por Luiz Eurico de Melo Neto, ou simplesmente Eurico, como o chamamos do Eu-lírico.

sábado, 17 de janeiro de 2009

Origem/História do Maracatu ( Maracatu de Baque Virado x Maracatu de Baque Solto)



Os Maracatus mais antigos do Carnaval do Recife, também conhecidos como Maracatu de Baque Virado ou Maracatu Nação, nasceram da tradição do Rei do Congo, implantada no Brasil pelos portugueses. O mais remoto registro sobre Maracatu data de 1711, de Olinda, e fala de uma instituição que compreendia um setor administrativo e outra, festivo, com teatro, música e dança. A parte falada foi sendo eliminada lentamente, resultando em música e dança próprias para homenagear a coroação do rei: o Maracatu.

Parece que a palavra "maracatu" primeiro designou um instrumento de percussão e, só depois, a dança que se dançava ao som deste instrumento. Os cronistas portugueses chamavam aos "infiéis" de nação, nome que acabou sendo assumido pelo colonizado. Os próprios negros passaram a autodenominar de nações a seus agrupamentos tribais. As nações sobreviventes descendem de organizações de negros deste tipo, e nos seus estandartes escrevem CCMM (Clube Carnavalesco Misto Maracatu).

Mário de Andrade, no capítulo Maracatu de seu livro Danças Dramáticas Brasileiras II, elenca diversas possibilidades de origem da palavra maracatu, entre elas uma provável origem americana: maracá = instrumento ameríndio de percussão; catu = bom, bonito em tupi; marã = guerra, confusão; marãcàtú, e depois maràcàtú valendo como guerra bonita, isto é, reunindo o sentido festivo e o sentido guerreiro no mesmo termo. Mario de Andrade no mesmo texto deixa claro que enumerava os vários significados da palavra "sem a mínima pretensão a ter resolvido o problema. Simples divagação etimológica pros sabedores ... divagarem mais." No entanto, sua origem e história não é certa, pois alguns autores ressaltam que o maracatu nasceu nos terreiros de candomblé, quando os escravos reconstituíam a coroação do reis do Congo. Com o advento da abolição, este ritual ganhou as ruas, tornando-se um folguedo carnavalesco.
(Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.)

MARACATU (ritmo)
Maracatu é um ritmo musical, conhecido como Baque virado, utilizado pelo Maracatu Nação.
É caracterizado principalmente pela percussão forte, em ritmo frenético, que teve origem nas congadas, cerimônias de coroação dos reis e rainhas da Nação negra.
A percussão é baseada em tambores grandes, chamados alfaias, caixas, taróis, ganzás e um gonguê.
(Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.)

Instrumentos utilizados nos CORTEJOS DE MARACTU.


MARACATUS DE BAQUE VIRADO OU NAÇÃO

HISTÓRICO - Segundo Ascenso Ferreira, as festas em honra dos Reis Magos foram instituídas no Brasil pelos missionários catequistas, que encontraram nas cores distintas que caracterizavam aquelas figuras da história do Nascimento de Jesus, um ponto para a conversão dos elementos indígenas e negros à fé cristã. O Rei Bronzeado para os caboclos, o Rei Negro para os negros importados da África e o Rei Branco como elemento de adoração dos portugueses. O Rei negro era Baltazar e a ele seguiram-se adeptos, em sua grande maioria da raça negra, e nos seus cortejos são encontradas as origens do nosso atual Maracatu de Baque Virado ou Nação. A partir de 1888, a coroação dos Reis do Congo, perdeu a sua razão de ser, pois, não existia mais a necessidade daquela "autoridade" para manter a ordem e a subordinação entre os negros que lhe eram sujeitos. Era no pátio das igrejas que se realizava a coroação dos Reis Negros, cujo cortejo, evoluindo através dos tempos, chegou até nossos dias, destacando-se do grupo das festas de Reis Magos (bumbas-meu-boi, cheganças e pastoris) e entrando para os festejos carnavalescos. A palavra Maracatu, provavelmente, origina-se de uma senha combinada para anunciar a chegada de policiais, que vinham reprimir a brincadeira, a senha era anunciada pelos toque dos tambores emitindo o som: maracatu/maracatu/maracatu. Na linguagem popular, a palavra maracatu é empregada para expressar confusão; desarrumação; fora de ordem, dando respaldo ao pressuposto da origem dessa palavra. Na África não existe nada parecido com o nosso maracatu.

FORMAÇÃO - o Maracatu de Baque Virado ou Nação, tem como seguidores os devotos dos Cultos Afro-brasileiro da linha Nagô. A boneca usada nos cortejos chama-se Calunga, ela encarna a divindade dos orixás, recebendo em sua cabeça os axés e a veneração do grupo. A música vocal denomina-se toadas e inclui versos com procedência africana. Seu início e fim são determinados pelo som de um apito. O tirador de loas é o cantador das toadas, que os integrantes respondem ou repetem ao seu comando. O instrumental, cuja execução se denomina toque, é constituído pelo gonguê, tarol, caixa de guerra e zabumbas.

PERSONAGENS - É formado pelas seguintes figuras: rei, rainha, dama-de-honra da rainha, dama-de-honra do rei, príncipe, princesa, ministro, embaixador, duque, duquesa, conde, condessa, vassalos, damas-de-paço (que portam as calungas durante o desfile do maracatu), porta-estandarte, escravo sustentando a umbrela ou pálio (chapéu-de-sol que protege o casal real e que esta sempre em movimento), figuras de animais, guarda-coroa, corneteiro, baliza, secretário, lanceiros, brasabundo (uma espécie de guarda costa do grupo), batuqueiros (percurssionistas), caboclos de pena e baianas.

NOITE DOS TAMBORES SILENCIOSOS

É a reunião dos Maracatus de Tradição de Baque Virado ou Nação, em frente a Igreja do Terço, no Pátio do mesmo nome. A meia noite, a um sinal os tambores param, o silêncio por si só já reverencia o momento. E, de repente, se ouve uma voz lamuriosa tirar loas em louvor a rainha dos negros NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO.

Em meio ao contagiante movimento das místicas figuras, o povo vai envolvendo-se nos passos marcados pelos tambores a atabaques. Esta tradição data mais de três séculos, tem em nossos dias o calor e as cores vivas de outrora.

A origem desse ritual se encontra encravado nos idos do período colonial. Distante da terra natal, os negros pediam a proteção de NOSSA SENHORA na tentativa desesperada de amenizar as dores do cativeiro cruel.

A cerimônia ritualística da NOITE DOS TAMBORES SILENCIOSOS sempre acontece na segunda-feira de carnaval, a partir das vinte e três horas, na Igreja do Pátio do Terço, no bairro de São José, no Recife.


MARACATU NAÇÃO PERNAMBUCO

Surge em Pernambuco uma nova geração de maracatu. Foi fundado no dia 15 de dezembro de 1989, numa festa organizada no Clube Vassourinhas de Olinda, com o objetivo de difundir o maracatu. O Nação Pernambuco é atualmente o grupo cultural de maior projeção no Estado. O Grupo gravou vários discos, os quais contendo apenas músicas de maracatu, sendo os únicos no mundo. Divulgam e resgatam a história da cultura pernambucana dentro e fora do Brasil.

Apresentam-se durante todo ano, no segundo domingo de cada mês, com grupos convidados, no Mercado Popular Eufrásio Barbosa no bairro do Varadouro na entrada da cidade de Olinda.


Imagem Aqui


MARACATU DE BAQUE SOLTO OU RURAL

HISTÓRICO - Ao contrário dos Maracatus de Baque Virado ou Nação, que têm suas origens em cortejos de reis africanos, o Maracatu de Baque Solto, também chamado de Maracatu de Orquestra ou Rural, tem suas origens na segunda metade do século passado e deve ser uma transfiguração dos grupos chamados Cambindas (brincadeira masculina, homens travestidos de mulher). Os Maracatus de Baque Solto são uma espécie de fusão de elementos dos vários folguedos populares, que vêm às ruas das cidades próximas aos engenhos de açúcar como: Goiana, Nazaré da Mata, Carpina, Palmares, Timbaúba, Vicência, etc., durante o carnaval, com características e colorido próprio, garantindo sempre a presença nos carnavais do Recife. O cortejo do Maracatu de Baque Solto, diferencia-se primeiramente do maracatu tradicional, pela ausência do rei e da rainha.


Imagem Aqui

FORMAÇÃO - Um ritmo rápido de chocalhos, percussão unissonora e acelerada do surdo, acompanhada da marcação do tarol, do ronco da cuíca, da batida cadenciada do gonguê, do barulho característico dos ganzás, um solo de trombone, e outros instrumentos de sopro que, juntos, dão ao conjunto características musicais próprias e bem diferenciadas dos maracatus tradicionais. O maracatu desfila num círculo compacto, tendo ao centro o estandarte, rodeado por baianas, damas-de-buquê com ramos de flores de goma, boneca (calunga) de pano ou plástico e caboclos de pena. Rodeando este primeiro círculo vem os caboclos de lança, que se encarregam de abrir espaço na multidão, com seus saltos e malabarismos, com as compridas lanças, como a proteger o grupo e as lanternas de papel celofane que, geralmente vem representando o símbolo da agremiação.

PERSONAGEM PRINCIPAL - Com suas lanças de mais de dois metros de comprimento, feitas de madeira com uma ponta fina e uma enorme cabeleira de papel celofane cobrindo o chapéu-de-palha, o rosto tingido de urucum ou por outras tintas, lenço estampado cobrindo a testa, camisas e calças de chitão, meiões e sapatos de lona, o Caboclo de lança tem o destaque de sua indumentária na gola bordada e no surrão. A gola de sua fantasia, feita em tecido brilhante, de cores vivas, é totalmente rebordada com vidrilhos e lantejoulas. A gola representa o maior orgulho e a vaidade do caboclo de lança, sendo quase sempre confeccionado por sua companheira, durante o ano inteiro, sendo fruto de todas as suas economias. O Surrão é como se fosse uma bolsa, é confeccionado em couro de carneiro, cobrindo uma estrutura de madeira, onde são presos chocalhos, sendo colocado na altura das nádegas, daí também chamar-se estas figuras de Bunda-alegre e Bunda-de-guiso, provocando um barulho forte e primitivo quando da evolução dos caboclos de lança.
(Fonte: Fundação Joaquim Nabuco
Autora: Claudia M. de Assis Rocha Lima
Av. Beira Rio, 1091/701 - Torre - Recife - PE
Fone: 445.2314)



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Desfile do Maracatu Nação Almirante do Forte no FIG
(Festival de Inverno de Garanhuns)

Batuqueiros do Maracatu Nação Almirante do Forte
Imagens Aqui